Passaram-se já algumas semanas desde que recebemos as primeiras unidades do novo Marantz M1 sendo que começam já a surgir algumas reviews no YouTube sobre o mesmo.
Vou aqui transmitir aquela que foi a minha primeira experiência com o produto pois ao que sei a Audio-Arte foi a primeira empresa a tê-los no stock para envio imediato, poderá consultar mais dados do Marantz M1 clicando AQUI
Este foi talvez o teste mais extenuante e que mais exigiu de mim fisicamente nos últimos tempos. Pergunta-me você, como é possível uma unidade que pesa apenas 2,2 Kg ser algo tão trabalhoso? Acompanhe a leitura que já perceberá!
Regra geral, ao testar este tipo de produto, seja eu ou outro qualquer profissional do ramo, aloca como colunas a serem ligadas algo dentro da mesma categoria de preço, pois não imagino que alguém ligará umas colunas de 20.000,00€ a um All-in-One de 999,00€, como é o caso deste M1 da Marantz, acontece que…………
Desembalando o produto que vem muito bem acondicionado como é apanágio dos produtos Marantz a minha primeira impressão não foi nada de especial, simples no design, sem botões tácteis aparentes, sem écran`s , apenas uma caixa com o logo Marantz na frente, aliás, sobre o design, chamou-me a atenção o modo e material usado no topo do equipamento, um género de enredamento de malha metálica sendo este o elemento de destaque/design que se possa apontar ao produto.
Na traseira destaque para entradas analógicas RCA, algo que marcou logo a diferença na comparação inevitável com um dos nossos best-sellers o PowerNode da Bluesound que poderá consultar clicando AQUI
Sobre as entradas RCA mais a dizer no desenvolvimento deste teste.
Como produto all-in-one seria hoje imperdoável a não inclusão de entrada HDMI eARC+ aqui presente neste Marantz com a vantagem do equipamento descodificar conteúdos de som Dolby, algo que reforça o interesse para todos aqueles em que uma Soundbar não vos satisfaça. Com este equipamento beneficiará de “verdadeiro” som estéreo a partir das mais variadas fontes musicais, algo que nunca terá com uma Soundbar, pelo menos na plenitude do que se entende por uma boa imagem estereofónica.
Tendo em conta o valor super acessível deste equipamento, na minha cabeça, fez todo o sentido começar por ligar um produto que conheço muito bem: as colunas Focal Vestia N1, cujo musicalidade, calor da gama média aliada aos agudos de bom recorte, apanágio da Focal, achei eu, “cair que nem uma luva” com o M1.
O som dos primeiros acordes de “What Did He Say” versão remastered do albúm de mesmo nome do Artista Victor Wooten, deitou-me completamente abaixo, por esta não esperava, algo aqui não está bem, explicando……….,
Eu conheço muito bem esta música, até é uma das que uso para testar colunas, pois não são todas que conseguem reproduzir as primeiras notas desta faixa sem entrar em distorção. Mas voltando ás Vestia, são um produto que conheço muito bem a sonoridade, bem como também conheço a sonoridade de produtos semelhantes ao M1, em particular ao típico som dos Classe D desta faixa de preço.
Digo-vos com a toda a honestidade possível: FIQUEI PASSADO!!!!!
Até agora, nunca, mas mesmo nunca, ouvi um equipamento por este valor/género tocar deste modo. Os níveis de transparência são abismais, o recorte, quer no posicionamento dos artistas e espaço instrumental dentro espectro sonoro é avassalador. Mas o que ainda me deixou mais estupefato foram os fundos negros como o negro mais negro que conseguirem imaginar, algo que evidenciou ainda mais os níveis de recorte e camadas de informação que as diversas passagens musicais me transmitiam independentemente do género musical.
Bem, depois disto só resta uma coisa, ir buscar umas colunas mais caras.
Não é que não tocassem bem com as Vestia N1, como deverão ter constatado pela euforia da escrita, mas os níveis de controlo e de potência disponíveis no M1 são estonteantes para este preço!!!!
Estava motivado para “quebrar” leia-se conhecer os limites, deste Marantz M1, por isso decidi ligar umas Focal Vestia N3, uma coluna mais cara, de chão. O que trará além do óbvio!?
EXPLOSÃO de emoções, mas que raio, onde vai buscar este Marantz tanta garra e potência e nem a três quartos do volume.
Enquanto que com as Vestia N1 no mesmo volume já acusavam, dependendo do género musical, uma certa “não me batas tanto” já com as Vestia N3 a fundação do grave deu aquele corpo adicional bem como o facto de permitir, de forma fácil, ir um pouco mais além com o volume o que fez-me atingir níveis de SPL impressionantes no nosso showroom. Mas mais importante do que o volume, este Marantz M1 manteve sempre a mesma compostura, registo musical e níveis de transparência sem qualquer fadiga ou alteração de performance.
Mas será que não há limite para este M1?
Explorando a app Heos que controla este Marantz descubro o inimaginável: no setup, a função de volume possui uma segurança de limite máximo, algo que descobri que estava nos 80%??????????????? E tocou deste modo??????????!!!!!!!!!!!?????
Toca a colocar aquilo tudo no máximo, resoluções no máximo e desbravar na app todas as opções de calibração deste fantástico equipamento. Descubro ainda a possibilidade de reforçar os níveis de graves e agudos através das funções BASS e Treble, dois filtros Marantz pré-configurados e selecionáveis e a cereja no topo do bolo: um filtro passas baixas para cortes de subwoofer, pois este M1 permite ligar um Subwoofer, mas o mais diferenciado ainda é a existência de um corte passa altas, muito útil para quem possua altifalantes full range sem crossover.
Na sequência deste “in-depth” na configuração do Marantz, tendo em conta o que foi a experiência com produtos acessíveis Focal queria, para terminar, desafiar com uma coluna já dentro do High-End. Dando uma vista de olhos pelos produtos expostos no nosso Showroom deparo-me com a coluna ideal para o desafio, um par das novas Audio-Solutions Figaro BL2 que poderá conhecer clicando AQUI
As Figaro BL2 são umas verdadeiras tomba gigantes, inclusive o de algumas colunas de chão, de preço até superior, pois possuem uma resposta de frequência entre os 39Hz até aos 25.000HZ com uma carga nominal de 4 ohms e construção Double-Box. Com 15Kg por coluna e capaz de gerir cargas de 200w, estas Bl2 são umas colunas à séria e um desafio à capacidade de corrente de qualquer amplificador.
As Audio-Solutions possuem ainda, fruto da sua construção double-box, drivers de topo da SB Acoustics e componentes de crossover da Jensen. Tudo isto, faz destas colunas um produto com níveis de transparência e arejamento que só se encontram disponíveis em produtos duas a três vezes mais caras. Se há coluna que mostrará as fragilidades do M1, será esta.
Toca a fazer a seleção musical, desta fez começando pelo albúm CONTENT BLUE de Oli Bott Quartet, começo por dizer que, talvez pelo adiantar da hora, ou a fome já a bater, estando os níveis de sensibilidade aguçados, até assustei-me com os primeiros sons de Xilofone de Oli Bott. O nível de energia que este Marantz M1 entregava às Figaro BL2 era impressionante, claro que já ouvi as BL2 a tocar melhor, mas não com um equipamento que é Amplificador/ADC/Leitor de Streaming e Conversor por 999 patacas. De repente estava mergulhado numa espécie de bolha sonora privada onde tudo acontecia a meu redor com todos os detalhes e prolongamentos de notas musicais que flutuavam até ao mais ínfimo decay: Uma delicia!
Para finalizar, liguei um Subwoofer da REL T9/X que poderá conhecer AQUI
E ainda testei as entradas RCA ligando um Gira-Discos já com pre-phono built-in, o Thorens TD 202 que poderá conhecer clicando AQUI
Já com os REL ligados dei uma passadinha por algo mais electrónico e como seria de esperar, aliado às Figaro Bl2 os níveis de impacto já estavam num nível tão elevado, penso que, quem me visitasse nesse momento, iria jurar que estava a ouvir algum dos nossos outros sistemas de valores muito mais dispendiosos.
A experiência com a fonte analógica foi também surpreendente, sendo o Marantz um amplificador digital, as fontes analógicas são convertidas para digital, algo que até acaba por diminuir os níveis de ruido aquando do groove no vazio tornando-se quase inaudíveis, por momentos pensei estar a ouvir via Digital através das várias fontes e serviços de música disponíveis na aplicação.
Em resumo, para mim, este é um Gold Award Product, pelas funções, preço, flexibilidade e performance muito acima do seu valor.
O nível de construção da caixa exterior é o que se pode exigir num produto deste preço que muito oferece naquilo que interessa, qualidade sonora. Se quiserem mais qualidade de construção, ainda nada bate o Naim Atom que podem conhecer AQUI
O Naim Atom continua a ser o produto a bater, independentemente do que por ai ande a ser comercializado do género cambridges etccc, aliás, penso que apenas o custo do transformador toroidal interno do Naim Atom deve dar para pagar quase todos os componentes internos do Cambridge, e mais não digo.
Quanto a comparações que venham a ler, reviews ou youtubers que comparem este Marantz M1 com, por exemplo, coisas da marca Wiim…, o meu conselho é mudar de canal ou começar a seguir outras pessoas, pois em termos de performance sonora, alguém que compare o Marantz M1 com o actual topo de gama da Wiim ou é surdo ou por algum motivo quer sê-lo.
Fiquem bem, boa música.
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